Para 66% dos jovens, internet contribui para bullying, diz estudo

Dado é de pesquisa que ouviu 1 440 pessoas, entre 15 e 29 anos, de todas as regiões do Brasil.

Para 66% dos jovens do Brasil, a internet contribui para o aumento da prática de bullying. É o que constatou a pesquisa Juventudes e Conexões, rea- lizada pela Rede Conhecimento Social, em parceria com o Ibope Inteligência e a pedido da Fundação Telefônica Vivo. O estudo ouviu 1 440 pessoas, entre 15 e 29 anos, de todas as regiões do país e classes sociais, entre julho de 2018 e junho de 2019. Os entrevistados tinham acessado a web semanalmente nos três meses anteriores à enquete.

De acordo com a pesquisa, lidar com o bullying e a agressividade que existem na internet pode aumentar o sofrimento dos jovens, especialmente daqueles  especialmente daqueles que estão conectados o tempo todo. “A vítima pode ser perseguida por diversos motivos: aparência, timidez, dificuldade de fazer amigos, entre outros”, explica a psicopedagoga Fernanda Siqueira. “As agressões que são vividas no dia a dia [fora da internet] são potencializadas na rede, pois é muito mais fácil agredir por um celular ou computador.”

Diante desse cenário, Fernanda sugere que os jovens que sofrem bullying virtual procurem ajuda e não lidem com o sofrimento sozinhos. "Durante e depois de sofrer bullying, a pessoa precisa do apoio da família e dos amigos. Além disso, deve buscar um especialista que oriente e ajude a enfrentar as questões emocionais.".

Ansiedade

O estudo também mostrou que 57% dos jovens acreditam que a internet contribui para o aumento da ansiedade. [...] Na opinião da psicopedagoga e professora do Instituto Singularidades, Elizabeth Sanada, é preciso tomar cuidado para não achar que a internet é a única responsável pelo aumento da ansiedade dos jovens. Ela diz que o jovem pode estar enfrentando outras questões que geram apreensão, como escolha da profissão que irá seguir, e a rede pode atuar como um potencializador da ansiedade. [...] Elizabeth sugere que, para evitar a ansiedade, o jovem divida o seu tempo e invista em atividades variadas, para que tenha um desenvolvimento completo e não fique restrito ao universo da rede. "Ele tem que ter um tempo para usar a internet e outro para praticar esportes, bater papo com os amigos, estudar, ir ao cinema...".

1- Na reportagem, a “voz” do repórter predomina e não precisa ser destacada. De que modo é possível identificar outras vozes presentes na reportagem?

Essas outras vozes aparecem entre aspas na reportagem, recurso que serve para identificar uma fala tal qual ela foi apresentada pelo emissor. Debata com os estudantes como tais vozes ajudam a legitimar o ponto de vista do repórter em sua matéria. 

2 - De acordo com a pesquisa, “57% dos jovens acreditam que a internet contribui para o aumento da ansiedade”. No entanto, há na reportagem uma opinião de que a internet não é a única responsável pelo aumento da ansiedade dos jovens. De quem é essa opinião? Explique sua resposta. 

Quem defende a ideia de que a internet não é a única responsável pelo aumento da ansiedade dos jovens é a psicopedagoga e professora Elizabeth Sanada. Segundo Elizabeth, a internet pode “atuar como um potencializador da ansiedade”, mas não é o único fator responsável por isso. 

3 - Volte ao texto e identifique o uso das expressões acreditam que, na opinião de, sugere que. Para que elas são utilizadas? 

Espera-se que os estudantes analisem que as expressões marcam os trechos que apresentam a opinião da entrevistada. 

Observação para o professor: A reportagem é um dos gêneros textuais jornalísticos e seu principal objetivo é expor, opinar ou interpretar informações do cotidiano de maneira mais aprofundada que uma notícia. Por isso, apresenta dados verificados e depoimentos de especialistas.



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